quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Participe desta Roda de Samba

 

Roda de Samba (Valter Bispo, 2024)


Roda de Samba é um jogo leve fortemente embasado no seu tema. Nele devemos formar uma roda de samba e atrair as sambistas para ela. 



No seu turno você irá: 

Comprar cartas de instrumentos (todas as abertas de uma cor na mesa ou duas fechadas do baralho);

Poderá baixar cartas da sua mão para roda. Preferencialmente as cartas adjacentes devem ter a mesma cor ou o mesmo número. 

Caso a sua roda esteja cumprindo os requisitos de algum sambista na mesa, você poderá chamá-lo. Ele lhe dará pontos no final da partida. Além disso, você terá um poder proporcionado pelo último sambista recrutado. 

No final do turno você irá descartar uma carta de instrumento na mesa. 



O jogo termina quando alguma roda estiver completa ou todos sambistas forem recrutados. Conta-se, então, a pontuação de cada carta de sambista. 


Eu gostei bastante de Roda de Samba. Achei o tema muito interessante e bem explorado. Acho que irá agrada quem se interessar por samba e a sua história. O jogo não será vendido comercialmente. A única forma de obtê-lo é participando do financiamento coletivo: 



https://meeplestarter.com.br/rodadesamba


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sábado, 16 de novembro de 2024

Shackleton Base: a Itália na lua

 

Shackleton Base: A Journey to the Moon (Fabio Lopiano e Nestore Mangone, 2024)

Num futuro não muito distante (no qual estranhamente a humanidade não sucumbiu ao colapso ambiental) somos empresas instalando e explorando uma base permanente no polo lunar. O tema me agrada e acho que está presente no jogo de forma satisfatória. Não é nada de outro mundo, padrão euro. 



O jogo envolve algumas mecânicas que se entrelaçam, alocação de trabalhadores, construção de motor, controle de área entre outras. Ele possui 3 eras, cada uma com 3 etapas. Na primeira etapa do turno você deverá escolher uma das naves que está chegando na base. Elas trazem recursos e trabalhadores (são 3 tipos diferentes). Quanto melhor a nave mais atrás você ficará na ordem da etapa 2, que é a central do jogo. Nela você enviará os seus trabalhadores para fazer diferentes ações, as principais são:
Construir prédio: o tabuleiro principal é dividido em hexágonos. Ao construir um prédio você irá ocupar esses territórios, disputando o controle deles. Além disso, você abrirá espaços no seu tabuleiro pessoal, que, se ocupado por trabalhadores, lhe darão renda e pontos de vitória. 
Interagir com corporações: No início do jogo serão sorteadas 3 corporações (entre 7 possíveis). Cada corporação terá uma dinâmica própria e uma pontuação específica. Essas pontuações são muito determinantes no compito geral. 
Comprar cartas. Cada corporação terá o seu baralho de cartas. Ao comprá-las você irá construir o seu motor e interagir com essa corporação. 
Coletar recursos: enviando um trabalhador para a extremidade de uma das linhas do tabuleiro principal, você irá interagir com todos terrenos destas linhas que tenham pelo menos uma construção. Cada tipo de trabalhador irá interagir de forma diferente. Caso você não tenha estrutura em um setor ativado, o controlador dele ganhará créditos seus. 
Enviar um trabalhador para a estação espacial e pegar outro que esteja lá para a sua estação espacial. 
Com uma ação livre você poderá reivindicar um dos objetivos das corporações. 
Na terceira do turno haverá a disputa pelos trabalhadores que foram enviados para coletar concursos. Quem tiver o controle de mais territórios da linha que ele foi enviado irá recrutá-lo para o seu tabuleiro pessoal. 



Eu gostei de Shackleton Base. O fato das suas decisões terem mais de uma consequência é uma característica que eu gosto muito. A construção de motor é boa, mas acho que não consegui aproveitá-la. Também fiquei animado com as corporações, acredito que elas proporcionarão boa rejogabilidade. Também há um poder assimétrico inicial que colabora neste quesito. Não é um jogo que explodiu a minha cabeça, mas fiquei com vontade de me aprofundar nele. Se você gosta de jogos italianos, acredito que você deve conhecer este jogo. Outros jogos que esses autores fizeram, como Autobahn, Merv e Darwin’s Voyage, me agradaram mais.

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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Rio 1710 - RPG gratuito no Rio de Janeiro colonial

 

“Rio 1710 – um jogo de interpretação” é um livro-jogo de RPG de mesa, produzido pela Prefeitura do Rio, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). O livro transporta os leitores e jogadores para o início do século XVIII na cidade do Rio de Janeiro, proporcionando uma imersão em um cenário rico em história e cultura.


Baseado em intensas pesquisas e em iconografia histórica, a obra recria aspectos da sociedade, paisagem e cultura carioca da época. Os leitores poderão explorar construções e locais históricos, se aventurar nos primórdios da colonização portuguesa na cidade, interagir com personagens da época e, com liberdade total de imaginação, criar novas aventuras em um Rio de Janeiro de mais de 300 anos atrás.


Não conhecia, fiquei curioso. Ele está disponível GRATUITAMENTE na versão online.

https://irph.prefeitura.rio/livro-1710-um-jogo-de-interpretacao/


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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Men-Nefer é o Bitoku com areia

 

Men-Nefer (Germán P. Millán, 2024)


Estamos no Antigo Egito, há 5 mil anos. Estamos construindo a cidade de Men-Nefer, também conhecida como Memphis. Construiremos pirâmides e esfinges enquanto fazemos comércio pelo Nilo. Achei que o tema foi bem explorado nos componentes, que garantem uma boa presença de mesa, mas tem pouca aderência com as mecânicas. Contudo, por não ser um jogo com foco na temática, não me parece ser um problema. 


Trata-se de um euro médio pesado focado na seleção de ações. O jogo possui 3 eras. Em cada uma delas faremos 9 ações. São 3 tipos de ação, cada tipo será feito 3 vezes. As ações envolvem alguns componentes: seus 3 trabalhadores; peças de ação; a esteira de compra de peça; e as trilhas de especialização. Os tipos de ação ação são: 

Pegar um trabalhador seu e colocar no lado esquerdo da trilha de especialização. Cada trabalhador está vinculado a uma peça de ação. Neste momento você fará o efeito desta peça, independente da trilha de especialização que o trabalhador for enviado. A peça vai para o fundo da pilha que alimenta a esteira de peças de ação. 

Passar um trabalhador do lado esquerdo da trilha de especialização para o lado direito. Isso fará com que você avance na trilha específica, gerando efeitos imediatos e melhorias com um determinado efeito. 

Comprar uma peça de ação da esteira e colocar em um lugar vago do seu tabuleiro pessoal. As peças têm custos decrescentes de acordo com o lugar na trilha, mas as mais caras proporcionam efeitos imediatos potencialmente melhores. Neste momento o conteúdo da peça não é acionado. 

Os três tipos de ação podem gerar recursos ou interagir com as formas de ganhar pontos de vitória: múmias, pirâmides, esfinges, barcos e templo. É um saladão de ponto. No final de cada era você ganhará pontos de vitória por tudo que fez até então. A presença de outros trabalhadores, seus e de outras pessoas, não impede a colocação de novos trabalhadores, mas vai deixando mais caro quanto mais cheio estiver. 



Eu gostei do Men-Nefer. A seleção de ações é bem interessante. A passagem do trabalhador da esquerda para direita na trilha de especialização lembra um pouco a passagem do rio no Bitoku (do mesmo autor), que eu também gosto. Achei meio esquisito você já começar com 3 ações pré-determinadas, não sei se tem alguma variante sobre isso. Não há, contudo, nada de muito inovador. Pelo menos por enquanto eu ainda prefiro o Bitoku e não vejo muito sentido ter os dois. Recomendo calma nessa compra. 


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