domingo, 24 de outubro de 2021

Ark Nova e os motores com muitas peças

 

Ark Nova 

(Mathias Wigge, 2021)

[a pandemia não acabou, se cuida]

Somos administradores de um zoológico. Queremos ter as melhores atrações, para assim arrecadar mais dinheiro, mas também ter os melhores programas científicos e de preservação.

 


Trata-se de um euro médio-pesado, suas principais mecânicas são a seleção de ações e a construção de motor. O ponto forte para mim é a seleção de ações. São cinco ações possíveis, para cada uma, o jogador terá uma carta. O tabuleiro pessoal mostra a força da ação. Ao utilizar uma carta, você deverá enviá-la para o espaço mais a esquerda (1) e mover das demais para a direita. É simples e interessante. Ao longo do jogo você poderá virar algumas dessas cartar, melhorando as ações. Os efeitos das cartas são:

- Comprar cartas;

- Baixar cartas de animal / de patrocinadores.

- Construir jaulas, que permite que você baixe animais futuramente, mas pode ter efeitos imediatos de acordo com os símbolos cobertos.

- Ativar trabalhadores para efeitos diversos, entre eles cumprir alguns dos objetivos públicos.

Outro ponto interessante é a pontuação final. Ela lembra a do Rajas of Ganges. Você tem duas trilhas que progridem no sentido oposto. Umas delas, atratividade, é a que marca a sua renda em dinheiro. A outra, sustentabilidade, tem uns efeitos específicos ao chegar em determinados pontos. Seu objetivo é que seus marcadores nessas trilhas se cruzem e se distanciem o máximo possível.



O ponto baixo para mim é a construção de motor. Você construirá se jogo tentando se especializar em animais de determinado tipo ou proveniência. Contudo, temos um baralho de 200 cartas. Nada garante a boa distribuição dos símbolos que você está procurando. Tem alguma mitigação com as cartas abertas, mas ela nem chega perto de resolver esse problema. Essa dinâmica negativa também afeta o cumprimento dos objetivos públicos. Outra característica que pode não agradar é a baixa interação.


Eu me diverti, mas não quero jogar novamente. Essa procura ultra aleatória pelos símbolos realmente não me agradou. Mas tenha certeza de que essa minha opinião é bem minoritária. Tem outros jogos com a mesma característica que eu não gosto pelo mesmo motivo e que fazem muito sucesso como o Terraforming Mars, Underwater Cities, Wingspan ou Deus. O único jogo com essa mecânica que eu gosto é Race for the Galaxy. Nele as cartas acumuladas também podem ser descartadas como um recurso. Esse segundo uso para as cartas faz falta em Ark Nova, na minha opinião. Mas se você gosta dessa mecânica, esse jogo pode ser para você.

 

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Um comentário:

  1. Eu já joguei algumas partidas de Cidades Submersas e nunca me senti "caçando símbolos"... A ideia das cartas não é muito pra isso, mas como servir como um bônus às suas ações.

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