Origins:
First Builders (Adam Kwapiński, 2021)
Somos líderes de civilizações antigas, estamos erguendo nossas cidades com a ajuda de alienígenas. Eu não fiquei atraído pelo tema e acho que ele quase não é implementado. O jogo se aproxima bem da abstração.
Trata-se de um euro médio-pesado, baseado na construção de
motor e numa dinâmica bem própria de alocação de trabalhador. Você começa com
dois trabalhadores básicos e um especial, podendo ganhar até mais 4 básicos ao longo
do jogo. Os trabalhadores básicos são compostos de uma base da sua cor e um
dado cujo número representa a idade dele e a cor a afinidade a uma das cinco
naves espaciais que estão nos ajudando. Cada nave tem um marcador que varia de
1 a 6. Ao enviar um trabalhador para uma nave ele tem que ter o número no dado
igual ou maior ao da nave. Se o dado for um 6 ele fará as duas ações
relacionadas ao local, caso contrário só faz uma. Além disso, caso o dado tenha
a mesma cor do local há um efeito extra. Depois de utilizar a nave o contador
dela deve ser aumentado em um. Se já estiver no 6, volta para o um. O seu
trabalhador especial pode ser alocado em qualquer nave, independentemente do
valor dela. Os efeitos das ações são muitos, destaca-se: obtenção de recursos;
pegar um dado para uma base vazia sua; pegar tile para sua cidade; avançar em trilhas
de templo, que garantem poderes; avançar na trilha militar, que dá recursos e
define a ordem do turno. O jogo tem ainda mais elementos, mas acho que já está
de bom tamanho para compreendê-lo.
Eu achei Origins interessante, topo jogar novamente mas não
estou ansioso por isso. A dinâmica de alocação de trabalhadores é de fato bem
original. O fato de você não bloquear a ação e sim deixá-la mais difícil de ser
acessada traz várias decisões drásticas com um bom peso tático. O que não me
agradou foi quando o 6 virou 1. Em algumas ocasiões que isso ocorreu me deu uma
sensação de demasiado caos. Também achei estranha a trilha militar, talvez
tenha sido uma percepção equivocada de jogadores de 1ª vez, mas toda a minha
mesa não achou esse caminho muito tentador. Outro ponto positivo é a construção
da cidade. A colocação de tiles é simples e interessante. Por um lado, você
ganha pontos se formar determinados padrões sorteados no início da partida, por
outro, você poderá aposentar dados para coloca-los nas “encruzilhadas” fazendo
com que os prédios da mesma cor do dado sejam ativados novamente.
Ele está disponível no Brasil pela Galápagos, mas não estou
escutando grandes repercussões.
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